Seu objetivo é levar reflexão a respeito do que se pode ser considerado válido. A palavra escrita torna-se diferente quando citada. A verbalização transcende as regras ou limites gramaticais, culturais e sócio-econômicas; é proferida, e passada adiante. Daí se tira, de cada receptor, uma nova abordagem, uma nova estória (ou história) que, ainda, será repassada frente.
A maneira leve de apresentar um drama nos remete a uma realidade próxima, mas nem tanto, de marginalização social por causa da distancia educacional que envolve os habitantes da aldeia e o mundo fora dela.
O filme fala sobre a história do povoado de Javé, situado na Bahia, que será submerso pelas águas de uma represa. E a única chance da cidade não sucumbir, é se possuir um patrimônio histórico de valor científico . Os moradores de Javé se reúnem e apontam as histórias que o povo conta como o único patrimônio do povoado. Assim, decidem escrever um livro sobre as grandes histórias do Vale do Javé, logo chamado de livro da salvação, mas poucos da cidade sabem ler e escrever. O mais esclarecido é o carteiro Antônio Biá, que apesar das desavenças com os moradores locais se torna o responsável por reunir as histórias sobre a origem de Javé. Porém com o desenrolar da história a missão de Biá se mostra mais difícil do que parece,dentre outros motivos pelo fato dos cidadãos de Javé tentarem mudar o fato para beneficiar seus respectivos interesses,além da própria índole do protagonista,preguiçoso e irresponsável. No final da trama a tentativa de salvação da cidade se torna inútil e Javé desaparece destruída pelo progresso. Como lição, as pessoas que habitavam Javé, entendeu que para existir oficialmente, é necessário possuir provas escritas sobre o local pra onde partiram para formar uma nova “cidade”.
A trama nos faz refletir sobre a grande diferença que existe entre a linguagem oral e a linguagem escrita, sendo a linguagem a primeira facilmente manipulada pelos moradores da cidade, e isso conseqüentemente é passado para a segunda, que á a escrita, gerando a grande questão da obra.O filme também faz uma referência ao progresso, mostrando que este se faz indiferente a história das pessoas e dos lugares.
Otima resenha, parabens!
ResponderExcluirEdmeire, gostei muito da resenha. Sou de Fortaleza e também estou fazendo o Gestar, estou gostando muito. Um abraço!
ResponderExcluirOlá , Tania!!
ResponderExcluirHuum... estudamos na mesma sala!!
com a professora Clara!!
Bjs
Lidervam Bessa - Cordeiro Neto- Vila União
meu nome e Albertina moro em São Paulo estou no primeiro semastre de pedagogia.e gostei muito da resenha, parabens.
ResponderExcluirEdmeire, meu nome é Taciana, moro em Morada Nova e também faço Gestar II. Recebi da minha formadora o filme Narradores de Javé e não tive o prazer em assisti-lo pois não abriu. através da sua resenha conheci um pouco do filme, fiquei ainda mais curiosa para assisti-lo.
ResponderExcluirabraços.
Taciana
muito boa a sua resenha,gostei...
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